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Corra pro Abraço leva conscientização e cultura a moradores de rua

bahia
Com atividades culturais e manifestações artísticas em espaços públicos de Salvador, o Programa Corra pro Abraço, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), reúne pessoas em situação de rua e usuários de substâncias psicoativas para uma “aula” de conscientização. Por meio de oficinas, poesia, música e rodas de capoeira, os arte-educadores do programa realizaram, no início da semana, em duas cenas de uso de drogas de Salvador, a intervenção urbana ‘De Reis e Rainhas na África aos Quilombos no Brasil’.
A ação, que integra as atividades do Novembro Negro, foi realizada na Estação do Aquidabã, na Baixa dos Sapateiros, ontem (29), e contou com a visita do secretário da SJDHDS, Geraldo Reis, que reforçou a grande importância desse programa no âmbito do Pacto pela Vida. “O Governo passa a investir energia em programas de prevenção e de cuidado com o ser humano. A questão das drogas é, antes de tudo, uma questão de saúde pública e de assistência social. Estamos buscando saídas para vencer a violência e isso inclui investir nas pessoas”, comentou Reis.
O Corra pro Abraço atende às diretrizes do Plano Viver sem Drogas, do Pacto pela Vida, e expandiu as atividades de atendimento e proteção a pessoas em situação de rua e usuárias de substâncias psicoativas (SPA´s), tendo como nova entidade responsável a Comunidade Cidadania e Vida (Comvida), vencedora do primeiro lote do programa, que inclui atuação em cenas de uso de drogas do Centro Antigo de Salvador (Praça Tiradentes, Cidade Baixa, Aquidabã, Sete Portas/Pela Porco), em Lauro de Freitas (Itinga), no Núcleo de Prisão em Flagrante e Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça da Bahia, além da coordenação geral do programa.
A ação chega também a Feira de Santana, executada pela Associação Cristã Nacional (ACN). Em quatro áreas de Bases Comunitárias de Segurança na capital (Bairro da Paz, Tancredo Neves, Nordeste de Amaralina e Fazenda Coutos), o programa vai assumir caráter preventivo, por meio da ong Cipó Comunicação Interativa. As ações já são realizadas nas regiões do Centro Histórico, Comércio e Sete Portas há três anos.
“A ideia é que, além de trabalhar com pessoas em situação de rua, seja trabalhada também a juventude, na perspectiva da prevenção para o uso abusivo de drogas. Nas bases comunitárias, o trabalho será diurno, com arte-educação. Entendemos que a sociedade precisa discutir a problemática das drogas e levar isso para a juventude, mas sem um discurso moral, recriminador, e sim com um discurso aberto para tentar minimizar os efeitos nocivos. A finalidade da expansão é trabalhar preventivamente com esses públicos dos bairros, para tentar evitar que eles ‘parem’ nas ruas”, explicou a coordenadora.
A atividade continua nesta quarta (30) na Praça Tiradentes, mais conhecida como Praça das Mãos, no Comércio. O objetivo da intervenção urbana é promover debates sobre questões raciais, que foram intensificados no trabalho em campo durante o mês de novembro.
Fonte: Site da SJDHDS