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Paraíba inicia comemoração dos 22 anos do Estatuto da Criança e Adolescente

Cerca de 700 pessoas, dessas 300 crianças e adolescentes participaram nesta sexta-feira (6) de uma comemoração alusiva aos 22 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente no Ginásio do Sesi, em Rio Tinto. O evento, um painel sobre a temática “Criança Indígena – Respeito e Dignidade”, realizado pelo Ministério Público da Paraíba e Ministério Publico Federal com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh) e das prefeituras de Baia da Traição, Rio Tinto e Marcação, fez um alerta sobre a necessidade de preservar a cultura indígena.

A Secretária Cida Ramos da Sedh destacou a importância do Governo do Estado em apoiar iniciativas que protegem a cultura do índio e ressaltou algumas ações que são realizadas na Paraíba para garantir o direito de crianças e adolescentes.

“Essa é uma atividade articulada entre Ministério Público e Governo do Estado e isso é fundamental porque com os poderes em rede podemos garantir a efetividade do Estatuto da Criança e do Adolescente. Essas crianças, não apenas por serem indígenas, mas por serem crianças devem ter seus direitos assegurados”, afirmou.

Combate a violência – A Secretária Cida Ramos destacou ainda que os índios menores de 18 anos assim como outras crianças e adolescentes ainda enfrentam uma realidade de exploração sexual e trabalho infantil. “Por isso é tão importante ações na área do Desenvolvimento Humano, do Ministério Público e da fiscalização para que a gente possa efetivamente fazer com que essas crianças desenvolvam seu potencial”, frisou Cida Ramos.

Ela lembrou também que qualquer tipo de violência contra a criança e o adolescente deve ser feita nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas e Cras) e também nos Conselhos Tutelares, que encaminham as denúncias para que providências sejam adotadas.

O Procurador Geral da República, Duciran Farena, ressaltou a necessidade de denunciar qualquer caso de agressão contra a criança e o adolescente.

“Agentes de saúde e educadores devem ficar atentos a possível casos de abuso cometido contra crianças e adolescente, não deve haver omissão. Qualquer indício as autoridades devem ser comunicadas o mais rápido possível”, alertou.

Já o Procurador Geral do Estado, Oswaldo Trigueiro Filho, também endossou a necessidade dos poderes agirem em conjunto e citou algumas ações que estão acontecendo em parceria com o Governo do Estado.

“Existe um projeto do Ministério Público com a Secretaria de Educação em que os professores são treinados para detectar casos de agressão e de exploração sexual cometida contra criança e adolescente”.

o cacique-geral do povo potiguara, Sandro Gomes Barbosa, citou a importância da valorização da cultura indígena. “A nossa cultura tem que ser preservada, principalmente, com ações nas escolas por as crianças são o nosso futuro. Assim, poderemos avançar nas nossas políticas públicas”.

Saudação indígena – Na ocasião, os índios saudaram os participantes com a dança do Toré cantada em Tupi. Entre as autoridades que formaram a mesa de abertura além do Procurador da República, o Procurador Geral de Justiça e da Secretária da Sedh, também participaram a executiva da educação, Márcia Lucena e os promotores de justiça Soraya da Nóbrega Escorel, Bertrand Asfora e Raldeck Oliveira, que coordenou o evento.

A mesa contou ainda com os prefeitos de Rio Tinto, Magna Fernandes; de Baia da Traicao; José Alberto e de Marcação, Adriano Barreto, além do cacique geral potiguar, Sandro Gomes Barbosa e da antropóloga do Ministério Público Federal de Brasília, Elaine Amorim e do antropólogo Estêvão Palitot da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Brincadeiras – O evento também contou com momento de recreação com parques infláveis e distribuição de pipoca e algodão doce para a criançada. Três educadores dos Centros Sociais Urbanos (CSUs) da Sedh organizaram brincadeiras com as crianças.

Um lanche também foi servido aos participantes que em seguida tiveram a oportunidade de assistir um debate sobre o tema sexualidade e prevenção a abusos.