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Rondônia: Família deve apoiar idosos para que eles tenham vida saudável, afirmam especialistas

Com a expectativa de vida superior a 70 anos, os rondonienses precisam se cuidar para viver bem e plenamente. Mas para isso, o apoio da família é fundamental. Thiago Sitta, psicólogo da Secretaria de Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas), disse que a família acaba superprotegendo o idoso, e que com isso a sua liberdade e autonomia ficam fragilizadas, bem como, suas escolhas quanto a sua vida. Essas pessoas precisam de suporte social e inserção comunitária. “Os idosos se mantêm ativos fisicamente e sexualmente. As pessoas precisam entender isso, e tranquilizar esse grupo social, colocando-o para a frente”, recomendou Thiago.

“A cidade de Porto Velho apresenta alguns programas para os idosos, mas muitos ainda não se decidem pela aposentadoria por pensar que vão acordar cedo e não ter nada para fazer”, destacou Fernanda Bilibio, enfermeira do Núcleo de Saúde e Qualidade do Servidor da Superintendência Estadual de Gestão de Pessoas (Segep).

Segundo a enfermeira, envelhecer não é ruim e nem se aposentar. Para ela, o que dificulta é a adequação para uma nova atividade, como exercícios para o corpo e para a mente. A enfermeira considera que ler é a atividade que em nenhuma idade pode faltar. “A leitura expande a imaginação, a criatividade e ajuda no raciocínio”, pondera Fernanda.

Também servidora da Segep, Ana Amélia trabalha com projeto da transposição com aposentadoria, cita que alguns idosos fazem atividades manuais, e essa atividade pode virar fonte de renda extra caso se aposente. Outro fato ressaltado por Ana é que os integrantes do grupo da terceira idade devem ler, conversar e não se fechar para o mundo, pois assim manterão relações e exercitando o cérebro. “Quando os idosos se aposentam, eles não ficam com o tempo livre no antigo horário de trabalho. Eles devem buscar atividades prazerosas que queriam fazer mas estavam no trabalho”, orienta Ana.

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Marilú Gonçaves Reis (foto) tem 65 anos e trabalha no Protocolo Geral da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Para ela, a mudança na idade trouxe hábitos alimentares fundamentais. Hoje, arroz integral, pão integral, gergelim, girassol, castanhas, cevada de cerveja, farinha de banana e linhaça fazem parte da sua alimentação. Marilú disse que viu na televisão que os idosos devem fazer o que gostam. “Adoro dançar, viajar e cantar. Isso me faz bem, eu sinto. Claro que não podemos cometer alguns excessos. Não como frituras, só assados ou grelhados”, observou.

Quando perguntada o que deve fazer uma pessoa do grupo da terceira idade, Marilú respondeu que deve projetar a vida, se amar e vivê-la com saúde. “Eu quero me aposentar, e quando acontecer, já sei o que fazer. Vou pescar, cultivar horta, além de dançar. E vou desenvolver outras atividades, vou ter tempo”, adiantou.

O gerente da Coordenadoria de Políticas da Pessoa Idosa da Seas, o assistente social Osvaldo Teodora, afirmou que está em andamento um projeto de academia para a terceira idade ao ar livre e que vai começar com a implantação em 26 municípios. Este projeto será destinado a associações, casas de apoio e praças, conforme forem solicitados pelas prefeituras.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), enquadra-se no grupo de terceira idade, pessoas acima de 60 anos. A ONU, na sua primeira Assembleia Mundial sobre envelhecimento, elaborou o Plano Internacional de Viena sobre envelhecimento, com pontos para ação na saúde, habitação, família, bem estar social, segurança e educação dos idosos.

Fonte: Site da Seas de Rondônia