Primeira pessoa com deficiência a comandar a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Izabel Maior disse, na Câmara, que é preciso conscientizar as pessoas com deficiência sobre seus direitos, além de acompanhar e cobrar a efetivação da Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/15).Izabel Maior participou do seminário Autonomia e Direitos, realizado pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, no auditório Nereu Ramos da Câmara.
Segundo Izabel Maior, o grande desafio é cobrar o cumprimento da lei e a garantia dos direitos na esfera municipal. “Caminhamos, avançamos, temos tanto a comemorar como saber que são pontos de partida para novas vitórias.”
Autora do requerimento para realizar o seminário, a deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL) disse que é preciso haver estratégias para tornar prática a legislação conquistada. “É um momento de discutir todos os direitos já garantidos e de que forma poderemos efetivá-los. Tão importante quanto legislar é conseguir efetivar os direitos que foram conquistados em leis”, afirmou a deputada.
O secretário especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Justiça e Cidadania, Moisés Bauer, concorda que existem avanços. Para ele, os desafios são levar a lei ao conhecimento da sociedade e regulamentar dispositivos da Lei Brasileira de Inclusão. “Já temos muitos direitos assegurados pela Câmara, pelo Congresso. Agora precisamos nos empoderar desses direitos e reivindicá-los”, ressaltou.
Assistente social do Centro de Vida Independente de Manaus, Elisandra Oliveira teve sequelas de poliomielite nos membros inferiores. Segundo ela, a falta de conhecimento é real. Oliveira atua apoiando pessoas com deficiência na garantia dos seus direitos. “Há falta de preparo e de informação tanto das pessoas que vão atender quanto do deficiente.”
Fonte: Agência Câmara