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Governo da Bahia firma parceria com bloco afro Ilê Aiyê

A partir de fevereiro, 960 jovens, na faixa etária de 15 a 21 anos, que moram nos bairros da Liberdade, Tancredo Neves e Bairro da Paz serão beneficiados pelo projeto Bloco Afro nas Comunidades, uma iniciativa da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), em parceria com o bloco afro Ilê Aiyê. Durante um ano, a cada seis meses, serão ofertados cursos profissionalizantes de Percussão, Dança e Estética Afro, além de oficinas sobre cidadania e outras atividades fomentadoras da cultura de paz e da não violência.
Para o secretário de Justiça Social, a expectativa é de que os alunos do projeto “desenvolvam habilidades que propiciem a oportunidade de inclusão sócio produtiva, elevem a autoestima e se preparem para atuação como agentes culturais de desenvolvimento comunitário e social junto às suas comunidades”.
A iniciativa é um desdobramento do convênio assinado entre a SJDHDS e o bloco afro, em fevereiro de 2016, integra as ações do Programa Pacto pela Vida e também do Plano Juventude Viva. As atividades serão realizadas pelo Ilê Aiyê que, para além dos tambores, desenvolve na Senzala do Barro Preto, sede da agremiação, um projeto pedagógico e cultural que promove a valorização e a ascensão do negro na sociedade, com atividades de educação e cidadania, por meio da Escola Mãe Hilda, qualificação profissional para jovens e projetos  pedagógicos com conteúdos sobre a história e a cultura afro-brasileira.
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Segundo o presidente do bloco, Antônio Carlos dos Santos Vovô, “o Ilê Ayiê é muito mais que uma agremiação carnavalesca porque atua em um projeto étnico-racial durante os 365 dias do ano e tem na sua missão a responsabilidade com o empoderamento juvenil, na luta contra o processo de exclusão continuada em nosso estado. Muito importante que a nossa experiência social seja replicada para as outras comunidades além do Curuzu e outros bairros que já atuamos”.
A ação da SJDHDS tem a promoção do Estatuto da Igualdade Racial, uma articulação entre a Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi) e a Casa Civil.
Ilê Aiyê – Fundado em 1º de novembro de 1974, no terreiro Ilê Axé Jitolu, situado na Ladeira do Curuzu, bairro da Liberdade, o bloco, sob a luz do movimento Black Power, foi pioneiro nas ações que promoveram as discussões sobre a consciência racial em Salvador. A partir do esforço da Yalorixá, Mãe Hilda de Jitolu, o Ilê realizou o primeiro desfile carnavalesco em 1975, e desde então, se firmou como um dos principais agentes no resgate da autoestima e conscientização da população negra do estado. Tendo a música como principal argumento, mas não como única possibilidade, o Ilê Aiyê inaugurou uma nova estética reconhecida pela maior parte da população de Salvador, com repercussões nacionais e internacionais, sem perder o compromisso político e social.
da Assessoria de Comunicação da SJDHDS