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Ex-beneficiária do Bolsa Família é concursada, tem casa própria, carro e até chácara

Jaú do Tocantins é uma cidade localizada a cerca de 375km de Palmas.  Considerado um município relativamente pobre, Jaú tem uma população de aproximadamente 3.800 habitantes, somados aos 13 povoados ao redor da cidade que também são assistidos por Jaú do Tocantins.  A economia local gira em torno do fraco comércio, o que pode justificar o alto índice de adesão de famílias aos programas sociais, uma vez que, aproximadamente 400 delas recebem a ajuda do Programa Bolsa Família (PBF), e, senão fosse esse complemento estariam passando por mais privações ainda, segundo a coordenadora do PBF local, Marly Pinto de Cerqueira Jacomosi.

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Apesar do alto número, Jaú tem histórias interessantes de ex-beneficiários que aproveitaram a ajuda de custo e prospectou um futuro digno, como é o caso de Maria Alice Conceição dos Santos, 36 anos, casada, dois filhos “nascida e criada em Jaú”. Aos 18 anos de idade e já casada, Alice e o marido que é pedreiro tiveram dificuldades principalmente após o nascimento da primeira filha, em 2001.

“Neste período fiz o cadastro e consegui um benefício de R,00 por mês. Esse dinheiro garantiu o leite da minha criança”, afirmou. Paralelamente às dificuldades e recebimento do dinheiro, Maria Alice e o marido iam procurando formas de aumentar a renda do casal, bem como a busca incessante por emprego. Em 2003 surgiu o primeiro trabalho e um salário de R0,00, período em que ela fez o desligamento voluntário do PBF. “Muitas pessoas criticam e chamam quem recebe o Bolsa Família de preguiçoso. Elas não sabem o que é passar privação, o quanto é constrangedor precisar desse dinheiro para sobreviver”, desabafou, emendando que “o dinheiro não atende as necessidades de quem recebe, mas livra de muita coisa”.

Reviravolta

As dificuldades de antes foram superadas pelo esforço da hoje, concursada Maria Alice. Há quase 10 anos foi aprovada no concurso do município ao cargo de serviços gerais, porém, a desenvoltura dela, garantiu –lhe a vaga de digitadora do CRAS de Jaú. Com um salário bom para os padrões da cidade e também a estabilidade empregatícia do esposo, Maria Alice disse que olha para trás e se sente uma vitoriosa.

“Hoje eu tenho uma casa própria, carro, vida tranquila, contas em dia e até uma chácara”, comemorou. Os avanços alcançados pelo casal são exemplos reais da transformação pelos quais os ex-beneficiários do Bolsa Família passaram, e o quanto a ajuda de custo é e foi importante para muitas pessoas que, desprovidas de condições de sobrevivências, apostam nos repasses desse dinheiro a esperança de dias melhores.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Setas/ Texto: Sônia Pugas