O médico Alberto Beltrame assumiu nesta terça-feira (10) o cargo de ministro do Desenvolvimento Social. Há quase dois anos, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta. Ele esteve à frente, entre outras ações, do pente-fino nos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com a revisão, a economia gerada aos cofres públicos já chega a mais de R$ 7 bilhões.
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o gaúcho Alberto Beltrame é especialista em Pediatria e em administração hospitalar e mestre em Gestão de Sistemas de Saúde pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Ele ressaltou que dará continuidade às ações iniciadas pelo ex-ministro Osmar Terra durante o governo do presidente da República, Michel Temer. Um dos programas é o Criança Feliz, que prioriza gestantes e crianças de 0 a 3 anos beneficiárias do Bolsa Família e de até 6 anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“Além de trabalhar para que as crianças tenham um futuro melhor, na minha gestão à frente do ministério, intensificaremos nossas ações para fortalecer a capacitação profissional e estimular o empreendedorismo, por meio do Plano Progredir, para que a população possa se emancipar dos programas sociais”, afirmou.
O ministro reforçou que as ações de revisão do Bolsa Família e dos auxílios do INSS devem continuar. Beltrame também reconhece a importância da área de assistência social – na qual já atuou – para dar sequência às ações da pasta.
“Embora tenha me dedicado principalmente à saúde, tive experiência na assistência social num momento histórico importante, quando ocorreu a implantação da Lei Orgânica da Assistência Social [Loas]. Após atuar como secretário-executivo do MDS, vejo que essa área é um pilar fundamental para o crescimento do nosso país”.
Trajetória – Além de secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Alberto Beltrame já ocupou diversos cargos no poder executivo. No Ministério da Saúde, entre 1999 e 2003, coordenou os sistemas de Alta Complexidade e Nacional de Transplantes, além de dirigir o Departamento de Redes e Sistemas Assistenciais e coordenar a Comissão de Serviços de Saúde, do Mercosul.
De 2008 a 2011, foi secretário nacional de Atenção à Saúde, cargo que voltou a ocupar entre outubro de 2015 e maio de 2016. Na área de assistência social, foi presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, no início da década de 1990.
O médico também foi superintendente Regional do extinto Inamps no Rio Grande do Sul (1986 a 1990), diretor de Assistência Médica do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul em duas gestões (1990 a 1991 e 1994). Entre 1994 e 1996, foi diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social e diretor do Trabalho na Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Assistência Social/RS (1996 a 1997).
Na área hospitalar, foi superintendente de várias instituições filantrópicas, como o Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Também presidiu o Conselho de Administração do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre.
da Ascom/MDS