A violência doméstica mata mulheres todos os dias no Brasil. Os dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) comprovam uma realidade dura e persistente. Em 2017, no Ceará, 14 em cada 1.000 mulheres foram à Justiça por causa da violência. Para discutir sobre políticas de enfrentamento a esta realidade, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) realiza, nesta quarta-feira (28), o III Seminário sobreViolação de Direitos e Violência contra a Mulher,a partir das 9h, no Hotel Meridional Convenções Center, em Fortaleza.
“Reunimos profissionais de áreas diversas para que, juntos, possamos refletir sobre os serviços da rede de atendimento que acolhe nossas mulheres, bem como debater as políticas para inclusão produtiva desse público. A independência financeira é um importante ponto na conquista da autonomia, especialmente para mulheres que dependem completamente dos agressores”, destaca o titular da STDS, Josbertini Clementino, que fará a abertura do evento.
Um total de 134 municípios – das regiões Centro Sul, Grande Fortaleza, Litoral Leste, Litoral Norte, Litoral Oeste/Vale do Curu, Maciço de Baturité, Serra da Ibiapaba, Sertão Central, Sertão de Canindé, Sertão dos Crateús, Sertão dos Inhamuns, Sertão de Sobral e Vale do Jaguaribe – participarão do seminário, em Fortaleza. Já na Região do Cariri, o I Seminário Estadual sobre Violação de Direitos e Violência contra a Mulher aconteceráem Juazeiro do Norte, na próxima segunda-feira, 2 de abril, no Instituto Federal do Ceará (IFCE).
Inclusão Produtiva e Autonomia
Para a orientadora da Célula de Educação Social e Profissional da STDS, Robertha Arrais, falar de inclusão produtiva gera a necessidade de compreender a intersetorialidade de duas importantes políticas: do Trabalho e da Assistência Social. “A Inclusão Produtiva propicia o acesso de populações brasileiras que se encontram em linha de extrema miséria a oportunidades de ocupação e de renda, visando a emancipação dos usuários e suas famílias”, ressalta Robertha Arrais, cuja palestra Inclusão Produtiva como Alternativa de Emancipação da Mulher e a consequente Superação da Violência, será apresentada durante o evento.“É interessante perceber as ações ofertadas pelo Estado para que o olhar sobre o recorte da mulher em situação de violência seja trabalhado de maneira individualizada, permitindo traçar ações e estratégias de atuação eficazes de superação”, completa a orientadora.