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Rio Grande do Sul formaliza adesão ao Criança Feliz

O Rio Grande do Sul e 72 municípios gaúchos oficializaram nesta segunda-feira (10) a adesão ao Criança Feliz. A cerimônia de lançamento do programa no Estado foi no Palácio Piratini, sede do governo, e contou com a presença do governador José Ivo Sartori, da primeira-dama e secretária de políticas sociais, Maria Helena Sartori, do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, secretários estaduais, parlamentares e prefeitos.

O ministro Osmar Terra destacou o pioneirismo do Rio Grande do Sul na área. O programa estadual Primeira Infância Melhor completa 14 anos. Criado por Terra quando foi secretário estadual de saúde, ele serviu de referência para a formulação do programa federal. Com o Criança Feliz, as ações de atenção à primeira infância ganham força. As famílias mais vulneráveis são o foco principal.

Terra apresentou razões científicas e ações do programa que terão como ponto central a visitação domiciliar. O ministro ressaltou que cuidar do início da vida das crianças é um dos investimentos de maior resultado que um país pode fazer para enfrentar a pobreza, a violência e promover o desenvolvimento.

“O Criança Feliz é um programa que vai mudar o início da vida de milhões de crianças brasileiras. O programa vai mudar o ciclo da pobreza para que essas crianças tenham uma escolaridade maior, uma renda maior no futuro e possam ajudar a sua família também a sair da miséria. Essas crianças serão indivíduos mais preparados para o convívio social”.

O governador José Ivo Sartori afirmou que o programa transforma a realidade das famílias, mas também das pessoas que trabalham no cuidado das crianças.  “Quando uma criança é bem atendida e bem acolhida, ela se prepara para a vida e para ajudar a mudar sua família. Os visitadores vão entrar em uma casa pobre para mudar a consciência dessas pessoas. Vai ter muita troca e todo mundo vai aprender um pouquinho”.

 

Segundo a coordenadora do Primeira Infância Melhor, Gisele Silva, pesquisas demonstram que crianças que recebem atenção nos primeiros mil dias chegam a vida adulta melhor preparadas. Ela trabalha há 14 anos no programa estadual.

“Crianças que passaram por esse tipo de atendimento, onde a estratégia de visitação domiciliar foi um dos enfoques, vão estar muito mais preparadas para a escola. Além disso, ao longo da sua vida, essas crianças tiveram menos problemas com a área da violência. É uma série de ganhos que elas têm até a vida adulta. Este é um investimento, uma tecnologia social de grande impacto e baixo custo”, afirmou.

Em todo o país, 2.547 municípios já aderiram ao Criança Feliz. Técnicos capacitados irão até as casas das famílias para mostrar aos pais a maneira correta de estimular o desenvolvimento dos filhos, principalmente nos primeiros mil dias de vida da criança.

Serão acompanhadas pelo programa as crianças beneficiárias do Bolsa Família até os três anos de idade e aquelas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) até os seis anos.

da Ascom/MDSA