Cerca de 100 profissionais das áreas de Assistência Social, Educação, Saúde e Socioeducação da Região Metropolitana participaram, da “Capacitação para os Profissionais da Rede de Atenção aos Usuários de Álcool e Outras Drogas”. A formação foi promovida pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e faz parte do Plano de Ações Integradas sobre Drogas.
O curso tem como objetivo capacitar os profissionais na perspectiva do trabalho em rede no Estado visando o fortalecimento das ações de prevenção e atenção aos usuários de drogas e suas famílias.
Além dos profissionais dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Especializado de Assistência Social (Creas), e das secretarias municipais de educação e saúde, também foram convidados para participar desse momento técnicos da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), representantes da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), de comunidades terapêuticas e profissionais da área de segurança pública.
Durante o período da manhã, a Seaster discorreu sobre o tema “O Suas e a Interface com a Rede de Atenção dos usuários de Álcool e Outras Drogas”, onde foram abordadas principalmente questões sobre a prevenção, tratamento, recuperação, reinserção social, redução de danos, capacitação e estudos sobre o assunto, além da importância da atuação dos Cras e Creas durante essas fases.
“A capacitação acontece de forma intersetorial porque entende-se que nenhuma política sozinha vai conseguir trabalhar e direcionar de forma completa a questão do álcool e outras drogas. Isso porque uma política complementa a outra, e mesmo que a questão da droga se trate de uma política da saúde, é evidente a presença da assistência social em várias fases, principalmente quando esse usuário sai da situação de dependente e precisa retornar a família”, explicou Norma Barbosa, coordenadora de proteção social especial de média complexidade da Seaster.
A assistente social do Cras do município de Santa Bárbara, Tháis Pereira, falou sobre a importância dessa capacitação para os técnicos. “O tráfico de drogas é intenso em nosso município e temos um alto índice de adolescentes envolvidos com drogas. Por exemplo, 90% dos adolescentes que estão em medidas socioeducaticas são adventos da demanda de drogas. Como não temos Creas e Caps, por sermos município de porte I, essa demanda é atendida unicamente pelo Cras e pela rede de atenção básica. Essa capacitação é fundamental para conseguirmos interligar a rede, já que temos dificuldade de trabalhar com essa demanda pelo porte do nosso município”, ressaltou.
Para a psicóloga que atua em comunidades terapêuticas, Luiza Jardim, a presença de representantes dessas instituições nesses espaços de discussão é importante para o avanço das políticas públicas voltadas para dependentes químicos. “Esse curso é formidável para quem atua diretamente nas comunidades terapêuticas, no tratamento com os dependentes químicos, porque esclarece sobre o fluxo de atendimento na rede de serviço aqui no estado. É preciso que se tenha uma atenção especial a essa categoria para que tenhamos uma melhor possibilidade de reinserção social dessas pessoas”, esclareceu Luiza.
A programação continua nesta quarta-feira (30) com palestra ministradas pela Sespa e pelo Ministério Público com os temas: a política do cuidado e a rede de saúde, estudos de casos, família e a rede intersetorial e os aspectos legais nas modalidades de internação.Profissionais são capacitados sobre a rede de atenção aos usuários de álcool e outras drogas
Fonte: Assessoria de Comunicação da Seaster