A Feira Internacional de Artesanato (Fiart) é um espaço de grande importância econômica e de divulgação do artesanato potiguar, uma vitrine que populariza e incentiva a produção de várias tipologias de artesanato como: renda, bordados, madeira, pedras, argila, material reciclado, entre outros. É uma feira diversificada que mistura cultura popular, gastronomia e arte.
No pavilhão do Governo do RN, 205 artesãos potiguares estão participando em cerca de 90 estandes, com uma área 1.020 metros quadrados, pensada para expor o melhor do artesanato. Segundo Salmira Torres, coordenadora do Programa Estadual de Artesanato (Proarte), os artesãos têm a oportunidade de vender seus produtos e divulgar seus negócios, gerando encomendas que darão frutos pós-Fiart.
A diversidade de artesanato é muito grande, pois a seleção pública realizada pela Sethas, teve como critério escolher as mais variadas tipologias do nosso artesanato, dando assim oportunidade para artesãos experientes e novatos participarem da feira.
A artesã Shirley Eliane, de Assú, trabalha há 3 anos com artesanato e participa pela primeira vez da Fiart. Ela trabalhava em uma fábrica de costura, mas quando foi demitida encontrou no artesanato uma nova fonte de renda.” É um prazer participar dessa feira tão grande e comercializar meus produtos que faço com muito amor e dedicação” disse.
A Fiart é também um espaço de inovação e de novas ideias como a do artesão João César, de 32 anos, que participa pela primeira vez da Fiart e já está lançando sua marca “Jota Criativo”, que une o artesanato em concreto e o designer, criando peças decorativas requintadas e elegantes para ambientes modernos.
“É gratificante quando as pessoas gostam das peças, compram e até encomendam. O vínculo com o cliente, que a feira proporciona, é o mais importante que levamos para casa depois que ela acaba”, ressalta João César.
Além do artesão individual, existe a participação de cooperativas, associações e projetos sociais, como o dos Centros Educacionais (CEDUC) de Natal e Caicó, que comercializam artesanato produzidos por adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.
“Eles participam de oficinas para produzirem o material que está sendo comercializado e metade do lucro vai para o adolescente que produziu a peça e metade vai para compra de material para que outros possam aprender. Esse espaço disponibilizado pelo governo é importante para o projeto”, explica Leisa Rose, funcionária da Fundac.
Outro projeto social que também está presente da feira é o Transforme, que ensina artesanato e incentiva o empreendedorismo para reeducandas do semiaberto do pavilhão feminino da penitenciária João Chaves.
“São 17 garotas que trabalham no atelier em Nova Parnamirim produzindo bolsas e acessórios de tecidos de algodão, pedraria, entre outros. E a Fiart é uma oportunidade para comercializar o trabalho delas”, explica Maria da Glória, coordenadora de eventos do projeto.
A 23ª edição Fiart segue até domingo (28), no Centro de Convenções de Natal, das 16 às 22h. São esperadas mais de 70 mil visitantes até o fim da feira. Em 2017, a Feira movimentou R$ 9,7 milhões com a venda de produtos e a promoção do artesanato.
da Ascom/Sethas