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MINAS GERAIS – Desafios do envelhecimento de LGBTQIA+ e população em situação de rua é tema de seminário em Belo Horizonte

“A rua foi a minha faculdade. Foi onde aprendi a fazer coisas que faculdade nenhuma ensina. Meu caráter, minha essência foi o que me fez sobreviver a 42 anos na rua. Fui aprendendo a fazer as coisas com a ajuda de muitas pessoas. Cheguei aonde cheguei com muita sabedoria e humildade”. A potência do relato de Sebastião Soares foi uma das motivações para a realização do evento “O Amanhã”, painel que discutiu “As políticas de acolhimento sobre o envelhecimento da população LGBTQIA+ e da população em situação de rua”.

Realizado no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, o seminário buscou valorizar as experiências e as potencialidades dessas pessoas, bem como promover o respeito à diversidade e aos direitos humanos. O evento buscou ainda apresentar as perspectivas futuras para proteção dessas populações que estão envelhecendo ou que irão envelhecer em Minas Gerais, considerando as especificidades e as vulnerabilidades desses grupos.

Escuta ativa para políticas públicas mais assertivas

A iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) buscou aproximar especialistas e organizações, e contribuir com o fortalecimento das ações e políticas do Governo de Minas que promovem a melhoria da qualidade de vida das populações, sobretudo de LGBTQIA+ e das pessoas em situação de rua.

A secretária de Estado da Sedese, Elizabeth Jucá, destacou o encontro como uma oportunidade para ouvir a sociedade a fim de que se desenvolva e aprimore políticas de estado. “Nós estamos aqui para fazer uma escuta ativa que é muito importante para nós para construção de políticas públicas. A partir do que escutarmos aqui vamos fazer uma discussão interna com todos os atores dentro do estado para poder levar essa construção para os municípios. Aí a gente consegue ter uma política pública assertiva para aqueles que mais necessitam”, pontuou Elizabeth.

O subsecretário de Direitos Humanos, Duílio Campos, reforçou que o processo de transformação etária é um desafio, sobretudo na perspectiva da garantia e proteção de direitos. “Pensar o envelhecimento ativo e saudável da população, especialmente sob a perspectiva das pessoas em situação de rua e de LGBTQIA+ é um diferencial muito grande que o gestor público e a sociedade em geral precisam se atentar. Esse é um momento de escuta que a gente precisa ampliar cada vez mais e interiorizar, porque nós iremos perceber realidades muito diferentes”, completou.

Fonte: https://social.mg.gov.br/