O Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT), acompanhou nesta sexta-feira (06.04) o processo de interiorização de 69 imigrantes venezuelanos do estado de Roraima para Mato Grosso.
A operação é realizada pelo Governo Federal, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o apoio do Governo do Estado. Os imigrantes vieram um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e foram recepcionados no aeroporto pela secretária da Setas, Monica Camolezi, e depois acolhidos na Pastoral do Imigrante, localizada no Bairro Carumbé. O arcebispo de Cuiabá, Dom Mílton Antônio dos Santos, acompanhou a recepção.
O oficial da ONU no Brasil, Paulo Sergio Almeida, que coordenou a operação, informou que o processo de interiorização foi uma estratégia adotada pelo Governo Federal, com apoio técnico de agências das Nações Unidas (ACNUR e OIM), para proporcionar melhores condições aos imigrantes venezuelanos que querem viver e trabalhar no Brasil.
“O nosso papel é fazer o registro dessas pessoas, das famílias, providenciar a documentação, identificar as sua formação escolar e profissional. Os perfis mostram que a maioria dos imigrantes tem o nível médio completo. Alguns até formação universitária. Vamos acompanhar para que sejam inclusos no mercado de trabalho”, informou.
A Setas vai acompanhar todo o processo, por meio da Superintendência da Família e Serviços Socioassistênciais da Setas (SFSS), que integra o comitê receptivo de acolhimento. “Esse comitê já está atuando há mais de 40 dias neste processo. Inicialmente os imigrantes serão acolhidos Pastoral do Imigrante, por um período de 45 dias. Esse é uma etapa de adaptação à cidade e também período de inclusão. Vamos dar todo o suporte e incrementar as ações do Sine, para promover a inclusão produtiva”, disse a secretária.
Os imigrantes venezuelanos aderiram ao programa de forma voluntária e aceitaram deixar Roraima para buscar oportunidades em outras localidades. Todos foram devidamente imunizados em relação a doenças como sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche.
Os venezuelanos passaram por regularização migratória junto à Polícia Federal, seja por meio de solicitação de refúgio ou de residência temporária. Outro requisito é atender ao perfil das vagas nos abrigos na localidade de destino.
O Comitê de Acolhimento é composto por representantes da Casa Civil do Governo Federal, Ministério do Desenvolimento Social, Força Aérea Brasileira (FAB), ONU, Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Setas, Prefeitura de Cuiabá e a Pastoral do Imigrante.