Para muito além das homenagens deste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as mulheres querem igualdade; de direitos, de oportunidades, de salário, de tratamento, de possibilidades. A mulher quer ser exatamente aquilo que ela quiser; sem barreiras impostas por preconceito e falta de oportunidades. E isso diz respeito, acima de tudo, aos direitos humanos”, afirmou o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social – SJDHDS, Carlos Martins, nesta quarta-feira, quando se celebra a data que simboliza a luta feminista ao redor do mundo.
Na SJDHDS, as mulheres são maioria: dos 825 integrantes da Secretaria, 423 são do sexo feminino. Elas também estão em paridade ou são maioria nos cargos de chefia: são três (a metade) superintendências, três (de seis) diretorias e 13 (de 21) coordenações.
Todavia, a realidade no mercado é diferente. Em Salvador e Região Metropolitana, as mulheres representam 51;8% dos desempregados, segundo estudos divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, na terça-feira (07). Já pesquisa salarial divulgada pela Catho, também na terça, aponta que as mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos; de estágio a gerente. E, de acordo com o IBGE, a média salarial masculina é de R4 2.251, enquanto a das mulheres é de R4 1.762.
No cenário político, a falta de representatividade é ainda maior: dos 513 integrantes da Câmara Federal, apenas 55 são mulheres e, dos 81 representantes do Senado, são somente 13 senadoras. Os dados colocam o país na 154ª posição em presença feminina no Parlamento – em um ranking composto por 190 países -, atrás de nações reconhecidamente opressoras, como Afeganistão, Síria e Iraque. Os índices brasileiros de engajamento feminino na política, além de estarem abaixo da média mundial, também perdem para o Oriente Médio – 11% da Câmara nacional é composta por mulheres, enquanto a média mundial está em torno de 22% e, no Oriente Médio, são 16%.
Desde a eleição da primeira mulher na Câmara Federal, em 1933, só foram eleitas outras 220 – lembrando que mulher só teve direito a voto em 1932. Se reunidas, portanto, todas as deputadas federais já eleitas ao longo da história no Brasil ocupariam apenas metade do plenário da Câmara. “A luta pela representatividade feminina, em todos os espaços, públicos e privados, é uma luta de todos nós. E fundamental para assegurar o direcionamento de políticas públicas específicas e que garantam equidade, respeito e dignidade a todas as mulheres e a toda população”, enfatizou Carlos Martins
da Ascom/SJDHDS