O Piauí está na 3ª colocação em âmbito nacional e é o 1° da região Nordeste com índices de tráfico de pessoas para o trabalho escravo com predominância também em atividades rurais, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT-PI) e Ministério do Trabalho e Emprego. Para debater a situação e sensibilizar gestores e técnicos dos munícipios do Piauí sobre essa realidade, foi realizado, na última terça-feira (12), no Diferencial Eventos, em Teresina, o workshop “Cadastro Único e o Enfrentamento às Violações: Trabalho Infantil e Trabalho Escravo Contemporâneo”, com o tema “Cadastro Único na Perspectiva de Resgate da Cidadania”.
O evento foi promovido pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc); Superintendência Regional do Trabalho (SRT/PI), Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho do Piauí (MPT-PI).
No evento, foram discutidas ações contra o trabalho infantil, trabalho escravo e enfretamento às violações do trabalho. “Aqui no território piauiense, este ano, já resgatamos 125 trabalhadores e ano passado 180 pessoas. No ano passado, o Piauí ficou em terceiro lugar como estado que mais resgatou trabalhadores e este ano ele também está nas primeiras colocações dos estados que mais resgataram trabalhadores. Isso demonstra como o trabalho escravo é uma realidade do estado do Piauí e que nós precisamos de políticas públicas voltadas para combater essa situação’’, explicou o coordenador de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Ministério Público do Trabalho do Piauí, Edno Moura.
O CadÚnico foi bastante discutido no evento como instrumento de resgate da cidadania. “O Cadastro Único é o nosso melhor instrumento para conhecer o Brasil e as pessoas; no Cadastro Único tem de tudo, todos os benefícios que as pessoas recebem estão lá, é a porta de entrada para as políticas públicas”, comentou a secretária da Sasc, Regina Sousa.
Fonte: https://www.pi.gov.br/