Fonte: Ascom/Corra pro Abraço
Com alegria no rosto e a esperança de conseguir inserção no mercado de trabalho formal, os participantes dos cursos profissionalizantes voltados para pessoas em situação de rua, promovidos pelo Ponto de Cidadania, ação integrada ao Programa Corra pro Abraço, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), receberam na tarde da última terça-feira (27), em Salvador, os certificados das qualificações profissionais ofertadas pelo projeto.
Estiveram presentes na cerimônia realizada no bairro do Jardim Baiano, em Salvador, cerca de 60 pessoas, entre os cursistas que tiveram – durante dois meses – aulas de eletricista básico, manicure e maquiagem, e os colaboradores da ação. A mesa de abertura contou com Emanuelle Silva, Diretora de Gestão da Superintendência de Política sobre Drogas e Acolhimento a Grupos Vulneráveis da SJDHDS, Valnei Silva, presidente da ONG Comvida – Comunidade Cidadania e Vida, e os dois cursistas, Edilúcia Menezes e Rafael Souza.
Segundo Emanuelle Silva, o evento serviu como um “momento de incentivo e valorização destas pessoas” acompanhadas pelo Ponto de Cidadania. Ela enfatizou ainda a necessidade de serem pensadas estratégias de empregabilidade formal para pessoas em situação de rua. “Precisamos qualificá-los, mas também pensar em políticas com outros órgãos que garantam geração de trabalho e renda efetiva para estas pessoas”.
Os certificados foram entregues para quem teve até 70% de frequência, como Edilúcia, que fez o curso de eletricista. “Agora eu não tenho mais medo de trocar lâmpada. E ainda se aparecer uma oportunidade de trabalhar, qualquer coisa na área, eu já faço”, contou. Para Rafael, que fez o mesmo curso, a atividade foi importante para “ocupar a mente”. “Foi bom. Eu estava fazendo nada e aprendi uma nova profissão. Como me ocupei, usei menos drogas. Quero ter um futuro e uma vida melhor”.
Segundo Tiago Cerqueira, coordenador do Ponto de Cidadania, as realizações de cursos estão dentro do planejamento do projeto “que identifica também a necessidade de profissionalizar estas pessoas e buscar algo para além de ofertar um banho”. “A gente dialoga e propõe que eles façam o que quiserem de suas vidas, mas levando em conta outras e novas oportunidades”.