O Brasil vai exportar vacinas contra febre amarela a partir de julho. Durante a Assembleia Mundial da Saúde, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que o País vai exportar cerca de 5 milhões de vacinas até o fim de 2017. “Reafirmo o compromisso brasileiro com o cumprimento das cotas acordadas de produção de vacina para exportação e atestamos ainda a eficácia da vacina produzida no Brasil”, afirmou o ministro.
Desde fevereiro, o laboratório público Bio-Manguinhos/Fiocruz, maior produtor de vacinas da febre amarela no mundo, deixou de exportar temporariamente o imunobiológico para atender à demanda nacional, devido ao surto da doença em vários estados. A partir de julho, doses exportadas pelo Brasil serão compradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e farão parte de um fundo emergencial, distribuído aos países em caso de necessidade.
O Bio-Manguinhos/Fiocruz produz atualmente cerca de 6 milhões de doses mensais da vacina de febre amarela. A previsão é que, até o final deste ano, uma nova fábrica entre em funcionamento e contribua com a produção de mais 4 milhões de doses por mês. Em 2018, o Brasil deve ter capacidade de produção de 10 milhões de doses mensais.
O ministro Ricardo Barros destacou ainda a importância da população estar imunizada. “Nosso principal objetivo é aumentar a cobertura vacinal da febre amarela na população e, consequentemente, garantir a proteção. Por isso, vamos estimular que estados e municípios façam busca-ativa para vacinar a população em áreas consideradas endêmicas”, observou o ministro.
Casos
Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, até o momento, 24,5 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados brasileiros.
Até 18 de maio, foram constatados cerca de 3,2 mil casos suspeitos de febre amarela notificados. Desses, 622 (19,5%) em investigação, 758 (23,7%) confirmados e 1.812 (56,8%) descartados. Dos 426 óbitos notificados, 264 (62%) foram confirmados, 42 (9,9%) em investigação e 120 (28,1%) foram descartados.
Fonte: Portal Brasil