O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) sua decisão de proibir que os transsexuais sirvam nas forças armadas do país, após ter consultado “generais e especialistas militares.” A informação é da Agência EFE.
Trump fez o anúncio por meio de sua conta pessoal no Twitter e detalhou que seu governo “não aceitará nem permitirá” que pessoas transgênero “sirvam em nenhuma capacidade” nas forças armadas americanas.
“As nossas forças armadas devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos e interrupções médicas que seriam causadas por transgêneros entre os militares”, argumentou Trump em outro tweet.
Em junho de 2016, o então secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, anunciou em uma coletiva de imprensa no Pentágono que, “com efeito imediato”, as forças armadas estavam abertas aos transsexuais.
Depois o governo de Barack Obama, cujo mandato terminou no último mês de janeiro, fixou o dia 1º de julho de 2017 como data para começar a recrutar transsexuais para as tropas.
No entanto, o Pentágono anunciou apenas algumas horas antes desse prazo, em 30 de junho, um adiamento de seis meses, até 1º janeiro de 2018, do recrutamento de transsexuais para ajudar nas forças armadas.
Durante este período seriam revisados os planos de adesão dos transsexuais e o possível “impacto” na preparação “e poder letal” das forças armadas, detalhou então o Pentágono.
Esse adiamento não afetava os transsexuais que já se encontram servindo as forças armadas e cujo futuro é incerto com a decisão anunciada hoje por Trump, que não detalhou em seus tweets quando e como se aplicará essa proibição.
Durante a campanha eleitoral de 2016, Trump se orgulhava de dizer ser um “amigo” da comunidade LGBT (lésbicas, gay, bissexuais e transgênero).
Além disso, em janeiro, apenas alguns dias após chegar à Casa Branca, Trump prometeu a continuidade de uma ordem executiva de Obama que proíbe as empresas que tenham contratos com o governo federal de discriminar seus funcionários LGBT.
da Agência Brasil