Desenvolver novas ideias capazes de alavancar o acesso aos direitos no âmbito da infância e juventude. Esse é o objetivo do 5º Seminário Alusivo ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, no auditório do Edifício Cidade I, na capital paulista. Organizado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Social (CDS), e pela Coordenadoria de Ação Social (CAS), o evento contou com discurso de abertura da chefe da pasta, Andrezza Rosalém.
Em sua fala para representantes de prefeituras, a secretária chamou atenção para como o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil oscila em momentos de crise econômica nacional. “Isso significa que temos vulnerabilidades, que temos fragilidades apesar de termos grandes avanços normativos e legais. Veio a pandemia e o que aconteceu com o nosso número de trabalho infantil: cresceu”, pontua “Entre 2019 e 2022, a população do Brasil com idade entre 5 e 17 anos diminuiu 1,4%, mas o trabalho infantil desse grupo etário aumentou 7%. Estamos falando de milhões de crianças e adolescentes. Saímos de um total de 1,758 milhão, em 2019, para 1,881 milhão em 2022.”
A secretária Andrezza Rosalém destacou ainda a necessidade de se reconhecer a fragilidade das estatísticas sobre trabalho infantil. “Isso passa pela dificuldade e complexidade em fazer a coleta”, diz. “Não é simples identificar trabalho infantil. Muitas vezes, faz parte da cultura posta ali, do dia a dia daquela família. Eles não percebem que é trabalho infantil”, explica. E a qualidade da informação é essencial para a criação de políticas públicas. “A gente não pode relativizar a importância do número, pois não é só um número, é uma criança que não está sendo visibilizada”, destaca. “Os números dão forma ao problema que estamos enfrentando e ajudam a entender a demanda. Por isso, precisamos avançar na qualificação do número”, complementa.
O evento contou com a participação dos representantes dos 76 municípios que integram o AEPETI- Ações Estratégicas de Enfrentamento ao Trabalho Infantil. Durante a mesa de debate foi falado sobre o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), como também foi apresentado um balanço do que a nossa pasta, junto com os municípios, está fazendo para tratar desse problema que atinge- sobretudo- as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Fonte: https://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/
