Uma capacitação realizada ao longo da última semana no Estado do Espírito Santo mobilizou 135 técnicos e conselheiros da assistência social de 69 municípios capixabas. Eles participaram de uma oficina sobre o Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social (CNEAS) – a ferramenta de gestão que armazena informações sobre as organizações e ofertas socioassistenciais em todo o Brasil. O encontro foi promovido pelo governo do Estado, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
A iniciativa teve o objetivo de orientar a gestão municipal para aprimorar as informações sobre as Entidades de Assistência Social que ofertam serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais à população. De acordo com a diretora da Rede Socioassistencial Privada do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Maria Amélia Sasaki, por meio deste contato será possível ampliar a capacidade de monitoramento e planejamento dos municípios. “Esperamos que isso gere impacto, uma vez que reforça a rede de atendimento à população mais vulnerável. Estamos fortalecendo e colocando essas entidades dentro dos conceitos e parâmetros de atendimentos da assistência social”, explicou.
Segundo a diretora, embora sempre tenham contribuído com os serviços de assistência social – principalmente no acolhimento de idosos ou deficientes –, a média de preenchimento do cadastro de entidades deste tipo no Brasil é de 57%. “Estamos alinhando uma série de princípios e achamos importante que o Espírito Santo tenha chamado as entidades para a oficina. Isso mostra a atuação dos três setores governamentais em parceria para termos resultados melhores”, destacou. A intenção é que oficinas regionais sobre o CNEAS ocorram em outros Estados brasileiros, como São Paulo.
A oficina no Espírito Santo foi realizada a pedido do governo estadual. A secretária de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalem, explicou que foram identificadas demandas nos próprios municípios, principalmente pelas mudanças de governo ocorridas neste ano. “Percebemos que, muitas vezes, os gestores municipais e conselheiros enfrentam dificuldades. Então, achamos importante a parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social para orientar sobre como melhorar a qualidade do preenchimento das informações das entidades e dos serviços prestados como projetos, programas e benefícios para atender melhor a população”, afirmou.
Integração – Uma das participantes foi a secretária municipal de Assistência Social de Baixo Guandu, Ana Paula Guimarães. Para ela, a interação com o poder público e a adequação das entidades à política de assistência social irá contribuir para melhorar o atendimento prestado no município de 32 mil habitantes e distante cerca de 180 quilômetros da capital, Vitória. “O fato de ter essa integração, do governo federal, estadual e municípios é muito importante não só pelas informações, mas pela interação, pelo aprimoramento do Suas e a utilização das ferramentas disponíveis”, disse.
da Ascom/MDS