Sem categoria

Cooperativas dinamizam setor produtivo no Vale do Juruá no Estado do Acre

Com o incentivo do governo do Estado à formação de cooperativas e agrupamentos em centrais, o setor produtivo da região do Juruá vem sendo fortalecido. Os produtores agrícolas formaram a Central de Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá (Central Juruá), localizada em Cruzeiro do Sul, que reúne três cooperativas: a Cooperativa Agrícola Mista dos Produtores Rurais de Cruzeiro do Sul (Camprucsul), a Cooperfarinha, de Cruzeiro do Sul, e a Coopersonhos, de Marechal Thaumaturgo.

O governo do Estado investiu cerca de R$ 1,75 milhão para municiar as cooperativas, restaurar empacotadeiras, recuperar e ampliar a sede da Camprucsul, situada em local estratégico no centro da cidade, que passou a ser a sede também da Central. Isso deu aos produtores condições de apresentar um produto de qualidade: feijão e farinha devidamente empacotados em sacos de um quilo com a marca da Central Juruá. O armazém da Cageacre de Cruzeiro do Sul foi cedido para empacotar os produtos, e o Governo comprou dois caminhões para a Central, um deles caminhão-baú, destinado à entrega do produto.

Antônio Azevedo, vice-presidente da Central e presidente da Camprucsul, conta que as organizações ainda estão passando por um processo de aprendizagem. “Todo dia aprendemos mais um pouco de como lidar com a nova situação. Já estamos há tempos nesse movimento de cooperativa, mas ainda é algo novo para nós. Um desafio que temos que vencer a cada etapa, melhorando nosso atendimento, nossa aproximação com o cooperado e com o público em geral”, disse.

Na ‘lojinha’ situada anexa à sede da central, que começou vendendo só farinha, hoje são comercializados vários outros produtos da região como feijão, farinha de tapioca, biscoito de goma, xarope e pó de guaraná , rapadura, gramixó, vassoura e cesta de cipó (daquela tradicional que as pessoas levavam ao mercado para fazer a feira).

Os produtos oferecidos geralmente são originários dos cooperativados, mas segundo Azevedo, quando eles não atendem a demanda, a Central e a Camprucsul copram os produtos de outros produtores. A Camprucsul conta hoje com 120 associados.

Central veio fortalecer – A fundação da Central de Cooperativas no entender de Azevedo trouxe um fortalecimento às cooperativas, pois ela comercializa os produtos. A Central tem um pequeno recurso e em algumas ocasiões o produtor não precisa esperar para receber, o produto é pago antecipadamente. E os preços são melhores: antes os produtores de bananas vendiam os cachos a R$ 2,50 e R$ 3,00, hoje recebem por quilo e tem lucro superior a 100%. A Central busca a farinha na casa de farinha e ainda paga R$ 60 a saca, bem mais que antes.

Comprada a farinha, ela segue para a indústria de beneficiamento situada em espaço nas instalações da Cageacre. Lá é empacotada, tem data de validade e código de barras, como exige o Ministério da Agricultura. A Central já tem vendido farinha para fora do Estado e tem grandes clientes em Rio Branco, como supermercados.

Tudo melhorou – Segundo Azevedo com a nova sede tudo ficou melhor: “Ela nos fortaleceu. O produtor entra aqui e sai feliz de nossa sede. Antes ele não tinha nem água para beber. Hoje temos bebedouros em todos os setores, um auditório para reuniões, sede toda climatizada e toda informatizada. O produtor se sente em casa”.

Para dinamizar ainda mais a ‘lojinha’, a Central agora está oferecendo outros tipos de produtos, visando oferecer preços mais em conta para os produtores cooperativados, que podem receber em dinheiro ou em produtos.

Portal do Governo do Acre