O governador do Maranhão, Flávio Dino, assinou, ordem de serviço para a implantação do Banco de Alimentos em São Luís, na Central de Abastecimento do Maranhão (Ceasa), para arrecadar e distribuir gratuitamente alimentos para entidades socioassistenciais e pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar, de forma a combater a fome e o desperdício de alimentos.
Segundo o governo, com investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, o banco terá uma ampla rede de doadores, entre os quais supermercados locais e estabelecimentos atacadistas de produtos alimentícios, além da Ceasa, que se constituem como potenciais fornecedores dos produtos que não estão próprios para a comercialização, mas estão aptos ao consumo.
O chefe do executivo estadual afirmou que o Brasil vive um momento de muita instabilidade, mas no Maranhão “nós estamos empenhado em mostrar um caminho, um rumo, que tem duas vertentes fundamentais: as contas em dia e as políticas sociais”.
Com o Banco de Alimentos, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) garantirá a coleta, seleção, limpeza dos produtos e distribuição gratuita dos alimentos aos beneficiários do projeto, que serão cadastrados de acordo com os critérios exigidos para a participação. Entre eles, entidades socioassistenciais, creches, escolas, asilos, associações de bairros, pessoas inscritas no CadÚnico, famílias, crianças, adolescentes, adultos, idosos e outros em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social. Dessa forma, o Governo do Estado vai diminuir o desperdício, preservando o meio ambiente e também garantindo a segurança alimentar e nutricional das pessoas.
O secretário da Sedes, Neto Evangelista, explicou que no Brasil o desperdício de alimentos é elevado, e essa ação do Governo do Estado tem a missão de combater isso proporcionando alimentação às famílias que estão em vulnerabilidade. De acordo com o titular da pasta, o Maranhão, segundo o último PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), de 2014, é o estado com a maior insegurança alimentar no país, 60,9% da população, por isso a determinação em construir políticas públicas para a área.
“Através desse índice, o governador Flávio Dino decidiu investir fortemente na política de segurança alimentar, desde o aumento dos equipamentos, como restaurantes populares, cozinhas comunitárias e agora o pontapé inicial para o Banco de Alimentos que, além de fazer toda essa rede de arrecadação e doação de alimentos, constitui uma rede de ensino e capacitação de segurança alimentar para que a política não fique só no equipamento, mas que possa passar para dentro das comunidades”, afirmou o secretário.
União de esforços
O presidente da Ceasa, Milton Gadelha, enfatizou que atualmente a Central de Abastecimento tenta zerar ao máximo o desperdício, por meio do Projeto Cooperar, que beneficia as famílias cadastradas duas vezes por semana com 15kg a 20kg de frutas e verduras distribuídas.
“Logicamente ainda estraga alguma coisa, a gente acredita que é aproximadamente 500 toneladas ao mês. O Banco de Alimentos vai agregar uma importância muito maior ao nosso projeto, que ainda é pequeno, vem com toda a força, com várias parcerias, supermercados, grandes empresas, fornecendo cursos, isso vai melhorar muito a condição das famílias mais necessitadas de São Luís e do Maranhão”, comemorou o presidente da Ceasa.
Além de trabalhar na limpeza dos alimentos como voluntária, Marcelina Barros é beneficiária do projeto Cooperar e elogiou a iniciativa do Governo do Estado de construir o Banco de Alimentos. “Eu estou muito feliz com essa parceria do governador junto com a Ceasa para realizar mais esse projeto. No Cooperar eu sou beneficiada, mas não sou só eu e minha família, aqui eu faço a minha sacolinha e levo para minha comunidade e divido com os vizinhos. E isso para mim é muito gratificante, agradeço a oportunidade de poder participar disso e poder ajudar também”, contou
da Ascom/Sedes