Médica que era, seria denominada Dra. Zilda. Mas não ela. Sentindo-se igual, fugindo de títulos e vivendo pela igualdade de todos, Dona Zilda, como escolheu ser chamada, partiu.
Sua partida entristece e enluta sua família, todas as cidades brasileiras e recantos além de nossas fronteiras.
Líderes de bairro, coordenadores de programas comunitários, voluntários de todas as crenças, gestores de políticas públicas, exército de amigos e amigas em afinidade de propósito e que nem sempre tiveram o privilégio de conhecê-la, choram por não tê-la mais entre nós.
Em sua caminhada, tornou-se uma das maiores protagonistas da Paz, do combate à violência, do amor na família e dos direitos da criança.
Ah! A criança!
Esta foi a sua maior inspiração, fonte de exemplar garra e determinação. Desde a simples e energética “multimistura” até o mais elaborado processo de multiplicação de ações pelo enfrentamento à desnutrição e palestras sobre respeito à infância, visando o crescimento pleno e saudável de todas as crianças, tirava-lhe o sono e, paradoxalmente, era o nascedouro inesgotável de sua força e coragem.
Foi-se Dona Zilda… Ficamos nós e seu legado.
A sensação de vazio milagrosamente começa a transformar-se em energia e inspiração para novos planos, estratégias de ação para continuar a obra inacabada e que, temos certeza, nunca ficará pronta.
Nossa homenagem à vida de Dona Zilda será, com as bênçãos de Deus, nosso trabalho para continuar sua missão de buscar um mundo melhor para todos.
Vá em Paz Dona Zilda!
Fique em Paz Dona Zilda!
TANIA MARA GARIB