A inclusão de famílias de baixa renda no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) foi tema de oficina realizada na tarde desta quinta-feira (23), em Florianópolis. O evento foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em conjunto com a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST).
Durante o encontro, estabeleceram-se parcerias para incentivar a inclusão destas famílias no cadastro. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por exemplo, fará parceria com os municípios para efetuar o cadastramento das famílias quando visitar os acampamentos. A Pastoral da Criança também vai repassar informações sobre o CadÚnico durante a visita às famílias. Representante de uma rádio comunitária que participou do evento também passará informações sobre o tema.
Participaram do encontro os representantes do governo federal, do Estado e da sociedade civil com o objetivo de mobilização para localizar a população pobre e sem acesso a programas sociais, dentre os quais o Bolsa Família.
A assessora do departamento de Cadastro Único do MDS, Tania Almeida, ressaltou que o trabalho integrado ajuda na divulgação e contribui para incluir o maior número de famílias no cadastro. “Toda a sociedade pode ser parceira na busca pela população a ser incluída. O CadÚnico permite conhecer as informações sobre as famílias e traçar as políticas públicas a serem implantadas para melhorar a vida das pessoas”, ressaltou.
O Secretário de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), João José Cândido da Silva, reforçou ser muito importante o aprimoramento da busca junto aos municípios. “Há muitas pessoas que não sabem que têm direito a benefícios dos programas sociais. Temos de informá-las e dar-lhes a oportunidade de serem incluídas”, destacou.
Em Santa Catarina, o total de famílias no CadÚnico é de 399.599, segundo dados do MDS com base em abril de 2012. No Estado, a estimativa é de que 25 mil famílias ainda possam ser incluídas no cadastro. Já as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família em SC somam 140.408.
A prioridade do trabalho de busca ativa são as famílias de baixa renda, em especial aquelas em situação de extrema pobreza. As oficinas pretendem mobilizar parceiros para ações articuladas e integradas.
Entre a ações de busca ativa estão mutirões, campanhas, palestras e atividades socioeducativas, além do cruzamento de bases de dados, promoção de visitas domiciliares e qualificação de gestores para atendimento à população extremamente pobre. Os grupos populacionais diferenciados, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, extrativistas, população em situação de rua, estão entre os mais vulneráveis e necessitam de ações específicas para serem localizados.
A população também pode procurar os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) ou as secretarias municipais de Assistência Social para efetuar o cadastro.