Noticias pelos estados

RIOGRANDE DO SUL – Apresentação da Coleta de Dados 2024 expõe perfil demográfico da população acolhida pela FPE

A Fundação de Proteção Especial (FPE), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado (Sedes), apresentou, no auditório da FASE, a coleta de dados técnicos referentes ao público em acolhimento na instituição no ano de 2023. O evento foi promovido pela Diretoria Técnica da fundação, através do Núcleo de Monitoramento, Avaliação e Pesquisa (NMAP).

O secretário da Sedes, Beto Fantinel, destacou durante o evento a relevância da iniciativa. “Agrupar todas essas informações sobre o perfil demográfico da população atendida na FPE possibilita uma análise minuciosa e técnica para que se possa planejar ações de acordo com as especificidades apontadas”, disse Fantinel.

“É um trabalho de suma relevância, que mostra tanto qualitativamente como quantitativamente os dados que compõe o acolhimento em nível de FPE no Rio Grande do Sul”, completou o presidente da FPE, Jones Martins.

Sobre os dados

De acordo com levantamento da Diretoria Técnica, em 2023 foram realizados 351 atendimentos e, ao final do ano, 209 pessoas permaneceram acolhidas: 77 crianças, 86 adolescentes e 46 adultos. Foi observado alto número de atendimentos na faixa de 0-2 anos, representando 31% dos ingressos na instituição e, também, entre 15 e 18 anos incompletos (32%), sendo a maior parte de pessoas do sexo masculino (59%). No total foram atendidos 45 grupos de irmãos, de todas as faixas etárias, totalizando 129 pessoas com vínculos fraternos dentro da instituição

O número de ingressos na instituição foi um total de 100 e de desligamentos, 138. Observou-se um aumento de 7% nos atendimentos de adolescentes, com a ampliação dos atendimentos da Ação Civil Pública. Desse público, há prevalência de pessoas negras, tanto entre o total da população atendida (55%), como entre crianças e adolescentes (58%).

Sobre os fatores de ingresso na população até 18 anos, os motivos mais recorrentes foram os mesmos aos do ano anterior, alternando posições, sendo em primeiro lugar “negligência”, seguida por “ameaça de morte” e “situação de risco”, motivos cada vez mais frequentes para a entrada no acolhimento institucional.

Já em relação aos quadros de saúde das crianças e adolescentes, 42,91% apresentavam demandas em saúde mental (transtornos mentais e comportamentais e/ou deficiência intelectual), 24,62% deles tinham problemas crônicos de saúde (cardiopatias, doenças respiratórias, diabetes, doenças hepáticas, câncer, obesidade, doenças renais, entre outras); e 10,44% possuíam algum tipo de deficiência física (visual, motora, auditiva e/ou múltipla).

Os dados completos da Coleta de Dados estarão disponíveis para acesso na rede da FPE ou poderão ser requisitados também junto à Diretoria Técnica.

Estiveram presentes no evento a dirigente da DT, Vitiana Witti, a diretora de Qualificação Profissional e Cidadania, Ledi Teixeira e a vice-presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Jussara Vendrúsculo.

Fonte: https://social.rs.gov.br/