No Brasil, 16,2 milhões de pessoas se encontram em situação de extrema pobreza, segundo dados do Censo 2010. Desse total, aproximadamente 910 mil vivem em Minas Gerais. Uma das iniciativas do Brasil Sem Miséria, plano do Governo Federal para superar essa condição, é ir ao encontro dessa população para inseri-la na rede de promoção e proteção social, dando-lhe acesso ao Bolsa Família, capacitação profissional e acompanhamento familiar. Os profissionais que atuam no Sistema Único de Assistência Social (Suas) terão papel fundamental no cumprimento desse desafio.
Para debater a atuação do Suas no Plano Brasil Sem Miséria, a secretária extraordinária de Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ana Fonseca, abre a 9ª Conferência Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte. O evento começa nesta sexta-feira (29), às 18h, no Minascentro, com a participação do presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Carlos Ferrari, e da diretora do Departamento de Gestão do Suas do MDS, Simone Albuquerque.
Promovido pela Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social e pelo Conselho Municipal de Assistência Social, a conferência tem como tema “Consolidar o Suas e valorizar seus trabalhadores”.
Ações – Das 910 mil pessoas em situação de extrema pobreza em Minas Gerais, 410 mil vivem no campo. Para essa população, o Brasil Sem Miséria prevê um conjunto de ações, que vão da oferta de sementes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a tecnologias apropriadas para cada região, acompanhamento técnico da produção e construção de cisternas para armazenamento de água para irrigação. A compra garantida dos produtos do campo e sua destinação a creches, hospitais e presídios e o Bolsa Verde, auxílio trimestral de R$ 300 para as famílias beneficiárias do Bolsa Família que vivem no meio rural preservarem os recursos naturais presentes em florestas, reservas extrativistas e áreas de desenvolvimento sustentável, também integram rol de ações.
Já as 500 mil pessoas em Minas Gerais em situação de extrema pobreza, que vivem em centros urbanos, terão à disposição a possibilidade de qualificação de mão de obra, visando principalmente os eventos de porte internacional que o Brasil sediará em 2014 e 2016 – Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, respectivamente. Os catadores de materiais recicláveis serão apoiados na constituição de cooperativas e as prefeituras, na implantação de políticas de coleta seletiva. O empreendedorismo e a ampliação de mercado e crédito às micro e pequenas empresas também estão presentes no Brasil Sem Miséria.
A 9ª Conferência vai até sábado (30), com a realização paralela da Mostra Suas-BH, exposição de trabalhos artísticos feitos nos equipamentos, entidades conveniadas e por serviços, programas e projetos do Sistema Único de Assistência Social no município.
Números – Belo Horizonte tem 71,5 mil famílias beneficiárias do Bolsa Família. Para essa população, até junho deste ano, o MDS repassou aproximadamente R$ 43,6 milhões. Na área de assistência social, a cidade dispõe de 33 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e 12 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Mais de 36,6 mil idosos e pessoas com deficiência recebem o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). A capital mineira conta com quatro Restaurantes Populares em funcionamento e um Banco de Alimentos.
SERVIÇO
Palestra de abertura da 9ª Conferência Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte – Participação da secretária Ana Fonseca, do MDS
Data: 29 de julho (sexta-feira)
Hora: 18h
Local: Minascentro – Rua Guajajaras, 1.022, Centro, Belo Horizonte, MG
Fonte: ASCOM / MDS