A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o zika está “aqui para ficar” e que pelo menos mais de mil novos casos de microcefalia ligados ao vírus deverão ser identificados no Brasil. Quatro dias depois de anunciar o fim da emergência global, a entidade reuniu nesta terça-feira, 22, governos de todo o mundo para explicar a medida e garantir que a atenção sobre a nova doença será “reforçada”.
Anthony Costello, diretor de Saúde Infantil da OMS, explicou que atualmente existem 2,1 mil casos confirmados de microcefalia. Mas outros 3 mil estão em análise. “Desse total, poderemos esperar um número extra de mil casos confirmados”, disse. “A emergência mundial pode ter acabado. Mas temos um enorme problema de saúde”, comentou.
No total, a OMS aponta que o número total pode superar 3,1 mil casos, antes mesmo de o verão começar no País. A entidade também destaca que 80% dos casos ainda não têm sintomas nas mulheres – o que pode levar o número total de casos a ser ainda maior. De acordo com Costello, os novos casos por mês somam de 220 a 450 desde meados do ano no Brasil.
Ele confirmou que novos estudos coletados pela OMS alertam que quanto mais cedo a contaminação de uma gestante pelo zika, maiores as chances de que seus bebês desenvolvam problemas como surdez, má-formação e mesmo microcefalia.
“Se a contaminação for no primeiro trimestre, os riscos neurológicos são maiores”, explicou Pete Salama, diretor executivo da OMS. “Muitos nascem com cabeças normais, mas estamos descobrindo que os problemas podem ser maiores.”
Fonte: Portal Uol Notícias