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Seades capacita voluntários da assistência social

A equipe que está trabalhando nas cidades atingidas pelas enchentes intensificou o trabalho de preparação para a organização de abrigos e reconstrução das cidades. Foi com este objetivo que o prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, e voluntários do Rio de Janeiro e Blumenau vieram a Alagoas.

A Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) promoveu na manhã desta terça-feira (6) um encontro entre o prefeito e os representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Defesa Civil Nacional, gestores e técnicos dos 19 municípios atingidos, técnicos da Seades e assistentes sociais voluntárias do Rio de Janeiro e Blumenau. A reunião aconteceu no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso.

A situação dos abrigos foi o tema principal da reunião. MDS, Defesa Civil e Seades capacitaram voluntários e os gestores dos municípios durante o dia inteiro. O prefeito de Blumenau contou as experiências vividas na tragédia que destruiu parte da cidade. Ele disse que o desastre afetou 103 mil pessoas e teve 30 mil desabrigados. “Nosso desastre foi diferente do de Alagoas. Lá tivemos deslizamento de barreiras; aqui o rio avançou sobre as cidades”, explicou.

De acordo com dados da Defesa Civil Estadual, Alagoas tem 270 mil pessoas afetadas, mais de 70 mil desabrigados e desalojados e os prejuízos ambientais, econômicos, sociais e materiais chegam a quase R$ 1 bilhão.

Na reunião, Kleinubing explicou as necessidades para acomodação nas moradias provisórias, como quarto do casal, sala de convivência, refeitórios, banheiros coletivos, lavanderias, sala de atendimento e espaço de entretenimento para as crianças. “O grande desafio é o planejamento das áreas. É necessário lembrar que a solidariedade passa e que fica a responsabilidade do Estado. Para evitar que as pessoas voltassem aos locais de risco, fiscalizamos intensamente as áreas e realizamos um trabalho de educação de risco”, concluiu o prefeito.

A representante do MDS Mariana Machado destacou a importância de levar cidadania e dignidade para essas pessoas que estão em situação de calamidade. “Estamos antecipando os recursos para que essas pessoas possam viver. Essa é a hora de mostrar os heróis que são esses alagoanos”, disse a representante, sobre o desempenho da equipe técnica do Estado.

Ainda de acordo com a representante do MDS, com a liberação desses recursos emergenciais, será possível reestruturar a rede de serviços de proteção social, otimizar o cadastramento das famílias, identificando as necessidades atuais, identificar a situação da documentação civil e qualificar os serviços de acolhimento nos abrigos.

A assistente social Tania Angelo veio do Rio de Janeiro para ajudar no atendimento às famílias. Ela trabalhou junto à Defesa Civil do Rio de Janeiro no cadastramento das vítimas da chuva no mês de abril. “Vamos juntar as experiências para adaptar as realidades daqui de Alagoas e contribuir para o atendimento dessas pessoas afetadas”, disse.

Garantir núcleos familiares para tomada de cotidiano e conseguir diminuir a tensão dentro dos abrigos são os desafios da assistência social, segundo a tenente-coronel Daniela Lopes, representante da Defesa Civil Nacional. “Embora de forma trágica, este é o momento de garantir acesso a muitos serviços que a população nunca teve. Nos abrigos vamos conseguir levar todos esses serviços. É a hora de sensibilizar essas pessoas para as políticas públicas”, disse.

A partir desta quarta-feira (7), as assistentes sociais voluntárias estarão junto aos técnicos da Seades, realizando um trabalho psicossocial com as pessoas atingidas nos 19 municípios afetados.

A secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Solange Jurema, explicou aos municípios de que forma serão feitos os mutirões para a emissão da documentação básica que foi perdida nas enchentes. “Por ser ano eleitoral, os mutirões serão realizados sob a coordenação do Tribunal de Justiça. Até hoje, apenas 10% dos beneficiários do Bolsa Família não foram sacar o dinheiro, por isso, acreditamos que grande parte das pessoas conseguiram salvar seus cartões do programa”, explicou.

Texto / Fotos: Mirella Costa – ASCOM SEADES

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