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Ato em defesa do SUAS reuniu mais de 1.800 pessoas no Recife

Uma manifestação em Defesa do Sistema Único de Assistência Social (Suas) reuniu mais de 1800 pessoas, na tarde de quinta-feira (28/9), na escadaria da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Recife. Presentes ao ato estavam vários políticos, representantes de 73 municípios e das executivas da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), que integra a Frente Pernambucana em Defesa do SUAS, organizadora do evento no Estado.

“Defender o SUAS é garantir a moralização da Política de Assistência Social no Brasil”, afirmou Roberto Franca, secretário estadual da SDSCJ, durante o discurso na Alepe. “Uma medida de redução de quase todos os recursos dos serviços, onde se dá o atendimento direto à população, é um retorno ao assistencialismo, tirando os direitos das pessoas em situação de pobreza”, disse Franca. A redução de 98,05% é em cima da atual rede de serviços, programas e no atendimento aos usuários que recebem ou que precisam receber benefícios da Política de Assistência Social.

Após os discursos do líder do governo Isaltino Nascimento e outros deputados e políticos, o grupo munido com apitos deu a volta na quadra da Alepe, levando faixas e gritando palavras de ordem como Fora Temer.  Para a secretária executiva da Assistência Social da SDSCJ, Socorro Araújo, o corte é um desmonte da Política de Assistência Social, que é uma conquista de apenas 13 anos. “O ato é um marco para dar visibilidade à sociedade de que Pernambuco, integra o movimento nacional pela defesa do SUAS, e que não consideramos legítimo retornar ao assistencialismo de 13 anos atrás”, disse Araújo.

Em Dia Nacional de Mobilização em Defesa do SUAS, Pernambuco vem mostrar a sociedade que governo, deputados, gestores municipais e respectivos técnicos estão juntos contra o sucateamento da rede socioassistencial pernambucana.  Segundo Joelson, gerente da SDSCJ, a redução atinge diretamente os gastos discricionários. “O orçamento previsto até o momento para 2018 é inferior a R$1 bilhão, quando na verdade deveria de R$ 3 bilhões. Em Pernambuco, o corte na gestão seria de menos 11 mil empregos diretos no Estado”.

Números
O corte orçamentário no SUAS pode representar o impacto direto em: 326 Centros de Referência de Assistência Social – CRAS; 425 Espaços de Promoção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças, adolescente e idosos; 158 Centros de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS; 8 Centros Especializados para População em Situação de Rua – Centro POP; 136 Unidades de Acolhimento Institucional, bem como o atendimento ao Programa Bolsa Família.

No Estado de Pernambuco, atualmente 61% da população encontra-se no Cadastro Único de Programas Sociais – Cadúnico por estarem dentro da margem considerada de baixa renda. No Estado, contabilizamos 305.224 beneficiários do Benefício de Prestação Continuada – BPC que dispõem de um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência ou pessoas idosas acima de 65 anos que não tem condições de se manter, nem de ser mantida pela família e que possuam renda familiar inferior a ¼ de salário mínimo.  Além disso, o Programa de Transferência de Renda com condicionalidades – Programa Bolsa Família – PBF atende a 1.121.854 famílias em todo o estado de Pernambuco representando 44% de toda a população do Estado com benefício médio de R$ 176,66 por família/mês.

da Ascom/SDSCJ